segunda-feira, 5 de agosto de 2013

Amor e ódio

Eu faço um poema,
eu escuto uma canção,
Nunca entro em cena,
Meu nome é solidão.
Fico exatamente no meio
entre Deus e o diabo.
E ao fim e ao cabo,
sou apenas o patinho feio,
e eu me acabo,
mas não abaixo a cabeça.
Perco amigo, mulher,
mas me esqueça,
se não posso ser
o que eu quiser,
pois meu lugar,
entre Deus e o diabo,
é meu pódio e eu digo,
meu coração é cheio de amor e ódio,
e com o olhar,
duro de doer,
respiro o ar impuro
que emana do humano ser.

Ubá, 24/08/2008.

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